domingo, 30 de maio de 2010

Resta-nos o instante e a vontade...

Para superar a aflição do vazio, da falta de sentido, do nada em que estamos à deriva, é preciso coragem e criatividade. Mas a coragem surge do medo e a criatividade não é possível sem, antes, uma boa dose de imitação.


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Afirmar inclusive o que nos desgosta é tarefa para monges.

2 comentários:

gu disse...

as duas proposições se entrelaçam ?
Não, por que se viver é uma arte, parecida com uma dança.. em que temos que entrar no ritmo.. acertar os passos.. dançar conforme a música..
então, é preciso coragem e criatividade, mas se isso não acontece.. seria normal, sentarmos na banco.. olhar os outros dançando.. e, quem sabe, meditar.. pra evitar transtornos psquicos.. até se desembaraçar da visão da vida=dança.. como um monge.. em sua montanha?

Anônimo disse...

não foi uma referência ao Zaratustra, Gu, embora o exemplo caiba. A segunda proposição trata do quão humano é negar os infortúnios, toca no ponto da dificuldade que está em aceitarmos o que nos desgosta. A relação dela com a primeira é que ambas tratam do modo de vida a se adotar depois que já não podemos mais confiar nem nos céus nem na ciência.